O ancião da montanha

Aqui está uma história em 3D de um velhinho que vivia isolado nas grandes montanhas:

O vento uivava, chicoteando a neve que caía em flocos grossos sobre a cabana de madeira encravada na encosta íngreme. Lá dentro, Seu Benedito, um velhinho de cabelos brancos como a neve e olhos azuis penetrantes, alimentava o fogo crepitante na lareira. Sua pele, enrugada pelo tempo e pelo sol implacável das montanhas, contava histórias de uma vida longa e solitária. Ele era um ermitão, escolhendo a solidão das alturas em detrimento da agitação das cidades lá embaixo.

Seu Benedito não era um homem amargurado. Ao contrário, ele encontrava paz na imensidão da natureza. Os picos imponentes eram seus amigos, as águias que sobrevoavam os vales, suas companheiras silenciosas. Ele passava os dias esculpindo madeira, criando pequenas esculturas de animais que habitavam as montanhas – ursos, veados, raposas – cada uma delas uma obra de arte única, carregada de paciência e amor. À noite, lia livros antigos à luz do fogo, a chama dançando em seus olhos.

Um dia, uma avalanche inesperada atingiu a montanha, isolando Seu Benedito completamente. A neve bloqueava o caminho para a sua cabana, o silêncio ficando ainda mais profundo. Mas Seu Benedito não se desesperou. Com a calma e a sabedoria que só a solidão e a natureza podiam proporcionar, ele utilizou suas habilidades para sobreviver, usando seus conhecimentos de plantas para se alimentar e construindo um abrigo improvisado no caso de emergência.

Dias se transformaram em semanas, semanas em meses. A primavera chegou, derretendo a neve e revelando o caminho novamente. Quando os primeiros viajantes chegaram à cabana de Seu Benedito, encontraram-no bem, sentado na sua cadeira de balanço, esculpindo uma pequena águia. Ele sorriu, um sorriso que carregava a força da natureza e a serenidade da alma. A solidão não o havia quebrado, mas sim fortalecido.